"A vida como
ela é....morar na Itália!" por Beatriz Piccoli
A
maioria dos brasileiros nem imagina a vida que se tem na Europa. Sim,
com crise e tudo!
Mas
a vida realmente é bela...
Ao
desembarcar em Roma, que surpresa: uma linha de metrô te espera dentro do
aeroporto Fiumicino e te leva até o centro de Roma.
Nada
mais cômodo do que dispensar táxi e onibus, seja pela quantidade de malas ou
por não saber a lingua.
A
única dificuldade foi a de ter que pagar para poder utilizar o carrinho do
aeroporto: pra cada carrinho, 2 Euros, quase R$ 12,80. Por isso tenha
sempre moedas nas mãos.
Já
no centro de Roma a escolha é dificílima...
Ficar
em Roma ou partir para descobrir a tão falada bota itálica.
Na
capital milenar o turista pode escolher em pernoitar em algum hotel de duas
estrelas
(comparado
ao Brasil seria o de três estrelas), com tarifa que varia de 60 (R$ 384,00) a 100
euros (640,00) o casal.
Quanto
à refeição, existem restaurantes que organizam cardápios degustativos a preços
realmente
convidativos: cerca de 10 (R$64,00) a 15 euros (R$ 96,00) por pessoa,
com tudo
incluído. Vale
a pena pesquisar e ficar algumas noites em Roma, pois a cidade não pode ser
conhecida em menos de 3 dias. O ideal seria de uma semana.
Roma
possui um sistema metropolitano ligado aos trens e facilmente, o que facilita
para o turista, que pode se deslocar de um lado para outro apenas pedindo
informações para as pessoas e pasmem, aqui todos adoram os brasileiros.
Dizem
que somos um povo feliz, que sorri para tudo e para todos, por mais infeliz que
estejamos...rs..
Apesar
disso, é necessário ter certos cuidados, pois também aqui existem pessoas que
se
aproveitam
de turistas desprevenidos.
Os
cuidados:
Confirme
sempre o valor do cardápio antes de pedir algo em um restaurante.
Não
vá onde o cardápio não indique o preço, não compre bilhetes de metrô, trem e
ônibus a não ser em cabines oficiais, ande sempre com moedas trocadas,
pois fica mais fácil comprar bilhetes assim.
Se
não sabe pedir na lingua italiana, mostre o que você deseja e diga:
"quanto?" eles saberão te informar.
Confira
sempre o troco e nunca saia do estabelecimento sem o comprovante de
pagamento, isso vale até para quem vai à feira, até na barraca de feira é
obrigatório ter o comprovante de pagamento.
Nos
trens, após a compra do bilhete, é necessário validá-lo em maquinas que lembram
a
antiga
maquina de cartão de ponto no Brasil, antes do embarque, pois em toda viagem de
trem sempre passa o fiscal para verificar se o bilhete não foi validado,
ou se você não possuir o bilhete. A multa é alta, mesmo para quem é
estrangeiro.
O
mesmo sistema vale para os ônibus. Apenas o metrô funciona como o nosso,
agora com catracas. Dito e feito vamos para o campo.
Vale
a pena viver a vida como um simples italiano. A vida realmente é mais bela nas
pequenas cidades, nos pequenos "paeses".
A
vida bela:
Acorda-se
cedo quando faz calor e tarde quando faz frio.
A
alimentação é mais saudável, o odor do campo é mais gostoso, as frutas são mais
saborosas,
o leite é mais saudável, a água já é potável na torneira, ou você pode ir até a
prefeitura
no centro da cidadezinha e pegar água na fonte: água normal, ou
gaseificada, pagando 0,05 euros (R$ 0,32) pelo litro.
foto: sistema de
agua da prefeitura, água normal e água gaseificada a 0,05 euros o litroAqui
na cidadezinha as pessoas te cumprimentam sempre e o custo de vida vale a
pena.
Nos
pequenos "paeses" todos se conhecem pelo nome e sobrenome.
Apesar
disso existem certas dificuldades na adaptação de quem nasceu e viveu na
grande metrópole como São Paulo (Brasil).
Costumes:
Os
ônibus por exemplo, passam em horários pré-determinados e se você perder o seu
horário, terá que aguardar o próximo, que pode até passar em algumas horas
ou não passar mais. Mas não se desespere, pois a distância entre os paeses
é bem pequena e você poderá fazer o trajeto a pé. Outra dificuldade é
a tradição que o italiano possui de fazer o "riposino" ou seja,
descansar após o almoço, e isso significa que o estabelecimento onde ele
trabalha, ou é o proprietário, estará fechado das 13 hs até as 16
hs. Em alguns paeses vários estabelecimentos abrem as 15h, mas todos
fecham para o almoço. E não se assuste ao ver que mesmo com o
estabelecimento fechado as mercadorias estão expostas, do lado de fora da
loja.
Segurança:
Aqui
ninguém mexe em nada; mesmo que você esqueça as chaves no contato do carro e
o carro ligado, ninguém o levará embora...rs..
Aliás,
perder o cartão de crédito pré-pago como foi o nosso caso, não chegou nem
sequer a ser comunicado o fato ao banco credor, pois no mesmo dia o nosso
cartão foi entregue no único banco da cidadezinha, sem ter sido
utilizado.
E
com relação as casas? chega-se ao cúmulo de deixar a porta fechada sim, mas com
as
chaves
do lado de fora da casa. Afinal alguém pode querer entrar..rs..
Economia:
Mas
vamos as compras: o custo de vida aqui na Itália (nos pequenos "paeses")
é bem menor do que no Brasil, desde a compra dos alimentos até na
aquisição dos bens duráveis (e mais bem acabados do que no Brasil). Os
preços também são bem menores.
A
única ressalva seria com relação a carne, mas aqui a variedade é bem maior e
por isso não pesa tanto.
Alimentação:
Cozinhar na Itália é uma realização para qualquer pessoa, seja um chef de
cozinha renomado, ou uma simples dona de casa.
Desde
a diversidade das pastas até a qualidade dos molhos.
E
o que não dizer da grande utilização dos queijos, que aqui custam menos do que
uma dúzia de tomates, ah e o tomate....Euros 0,90 o quilo.
O
quilo da ricota - ricota italiana daquelas que derretem na boca - pode custar
até 2 euros.
Aproveita-se
quase tudo aqui.
Nas
montanhas que ficam na cidade pode-se colher desde aspargos selvagem, até
verduras como espinafre ou chicória.
Resíduos:
E falando em aproveitar, o lixo aqui é reciclado
desde a origem, ou seja, desde dentro de casa. Todos possuem vários
cestos de lixo, um de cada cor, um para cada tipo de residuo, ou
seja, orgânico, vidro, lata, e papel comum ( papel higiênico é
jogado no próprio vaso sanitário).A cidade possui um container amarelo enorme, onde
as pessoas depositam roupas e sapatos que querem doar. Cada dia da semana passa um caminhão que recolhe um
determinado tipo de residuo.Tem um dia para vidro. e assim por diante. A prefeitura, que organiza a coleta, distribui
sacos biodegradáveis gratuitamente para cada família, para colocar nos cestos de lixo.
Supermercado:
Mas o que mais me deixou perplexa foi fazer compras
no supermercado.
Além de ter que pagar pela sacola, porque ela
não é necessária para a coleta de lixo, e ter que colocar moedas no
carrinho de compra para liberar o mesmo para uso (moedas estas que retornam para você somente após deixar o carrinho na saída, engatado no local correto), tem mais uma
grande novidade: a o me dirigir até a parte de frutas e legumes, qual
não foi a minha surpresa ao ter minha atenção chamada pelo meu Tio
Odoardo: "Beatrice, aqui deve-se usar luvas descartáveis"...
Sim...ao escolher frutas e legumes, deve-se
proteger a mãos. Não é para que não as suje, mas para que você pegue as
frutas sem que tenham sido tocadas por outra pessoa.
Isso é civilidade, é pensar antes no próximo e
depois em você, por isso ainda é o Primeiro Mundo.E apesar da crise, nada
tira o seu titulo muito menos o seu encanto."
Beatriz Piccoli
BLOG: duplacidadanianaitalia.blogspot.com
email: beatriz_piccoli@hotmail.com
Whatsap: 11 95067-4770