domingo, 17 de janeiro de 2021

A vida como ela é...morar na Itália por Beatriz Piccoli

 

"A vida como ela é....morar na Itália!"  por Beatriz Piccoli


A maioria dos brasileiros nem imagina a vida que se tem na Europa. 

Sim, com crise e tudo! 
Mas a vida realmente é bela... 
Ao desembarcar em Roma, que surpresa: uma linha de metrô te espera dentro do aeroporto Fiumicino e te leva até o centro de Roma. 
 Nada mais cômodo do que dispensar táxi e onibus, seja pela quantidade de malas ou por não saber a lingua. 
A única dificuldade foi a de ter que pagar para poder utilizar o carrinho do aeroporto: pra cada carrinho, 2 Euros, quase R$ 12,80. Por isso tenha sempre moedas nas mãos. 
Já no centro de Roma a escolha é dificílima...
Ficar em Roma ou partir para descobrir a tão falada bota itálica. 
Na capital milenar o turista pode escolher em pernoitar em algum hotel de duas estrelas
(comparado ao Brasil seria o de três estrelas), com tarifa que varia de 60 (R$ 384,00) a 100 euros (640,00) o casal. 
Quanto à refeição, existem restaurantes que organizam cardápios degustativos a preços
realmente convidativos: cerca de 10  (R$64,00) a 15 euros (R$ 96,00)  por pessoa, com tudo
incluído. Vale a pena pesquisar e ficar algumas noites em Roma, pois a cidade não pode ser conhecida em menos de 3 dias. O ideal seria de uma semana. 
Roma possui um sistema metropolitano ligado aos trens e facilmente, o que facilita para o turista, que pode se deslocar de um lado para outro apenas pedindo informações para as pessoas e pasmem, aqui todos adoram os brasileiros.
Dizem que somos um povo feliz, que sorri para tudo e para todos, por mais infeliz que
estejamos...rs..
Apesar disso, é necessário ter certos cuidados, pois também aqui existem pessoas que se
aproveitam de turistas desprevenidos.

Os cuidados:

Confirme sempre o valor do cardápio antes de pedir algo em um restaurante. 
Não vá onde o cardápio não indique o preço, não compre bilhetes de metrô, trem e ônibus a não ser em cabines oficiais, ande sempre com moedas trocadas, pois fica mais fácil comprar bilhetes assim. 
Se não sabe pedir na lingua italiana, mostre o que você deseja e diga: "quanto?" eles saberão te informar. 
Confira sempre o troco e nunca saia do estabelecimento sem o comprovante de pagamento, isso vale até para quem vai à feira, até na barraca de feira é obrigatório ter o comprovante de pagamento.
Nos trens, após a compra do bilhete, é necessário validá-lo em maquinas que lembram a
antiga maquina de cartão de ponto no Brasil, antes do embarque, pois em toda viagem de trem sempre passa o fiscal para verificar se o bilhete não foi validado, ou se você não possuir o bilhete.  A multa é alta, mesmo para quem é estrangeiro. 
O mesmo sistema vale para os ônibus. Apenas o metrô funciona como o nosso, agora com catracas. Dito e feito vamos para o campo. 
Vale a pena viver a vida como um simples italiano. A vida realmente é mais bela nas pequenas cidades, nos pequenos "paeses".

A vida bela:

Acorda-se cedo quando faz calor e tarde quando faz frio.
A alimentação é mais saudável, o odor do campo é mais gostoso, as frutas são mais
saborosas, o leite é mais saudável, a água já é potável na torneira, ou você pode ir até a
prefeitura no centro da cidadezinha e pegar água na fonte: água normal, ou gaseificada, pagando 0,05 euros (R$ 0,32) pelo litro. 


foto: sistema de agua da prefeitura, água normal e água gaseificada a 0,05 euros o litro

Aqui na cidadezinha as pessoas te cumprimentam sempre e o custo de vida vale a pena. 
Nos pequenos "paeses" todos se conhecem pelo nome e sobrenome. 
Apesar disso existem certas dificuldades na adaptação de quem nasceu e viveu na grande metrópole como São Paulo (Brasil).

Costumes:

Os ônibus por exemplo, passam em horários pré-determinados e se você perder o seu horário, terá que aguardar o próximo, que pode até passar em algumas horas ou não passar mais. Mas não se desespere, pois a distância entre os paeses é bem pequena e você poderá fazer o trajeto a pé. Outra dificuldade é a tradição que o italiano possui de fazer o "riposino" ou seja, descansar após o almoço, e isso significa que o estabelecimento onde ele trabalha, ou é o proprietário, estará fechado das 13 hs até as 16 hs. Em alguns paeses vários estabelecimentos abrem as 15h, mas todos fecham para o almoço. E não se assuste ao ver que mesmo com o estabelecimento fechado as mercadorias estão expostas, do lado de fora da loja.

Segurança:

Aqui ninguém mexe em nada; mesmo que você esqueça as chaves no contato do carro e o carro ligado, ninguém o levará embora...rs.. 
Aliás, perder o cartão de crédito  pré-pago como foi o nosso caso, não chegou nem sequer a ser comunicado o fato ao banco credor, pois no mesmo dia o nosso cartão foi entregue no único banco da cidadezinha, sem ter sido utilizado. 
E com relação as casas? chega-se ao cúmulo de deixar a porta fechada sim, mas com as
chaves do lado de fora da casa. Afinal alguém pode querer entrar..rs.. 

Economia:

Mas vamos as compras: o custo de vida aqui na Itália (nos pequenos "paeses") é bem menor do que no Brasil, desde a compra dos alimentos até na aquisição dos bens duráveis (e mais bem acabados do que no Brasil). Os preços também são bem menores. 
A única ressalva seria com relação a carne, mas aqui a variedade é bem maior e por isso não pesa tanto.

Alimentação:

Cozinhar na Itália é uma realização para qualquer pessoa, seja um chef de cozinha renomado, ou uma simples dona de casa. 
Desde a diversidade das pastas até a qualidade dos molhos.
E o que não dizer da grande utilização dos queijos, que aqui custam menos do que uma dúzia de tomates, ah e o tomate....Euros 0,90 o quilo. 
 O quilo da ricota - ricota italiana daquelas que derretem na boca - pode custar até 2 euros.
Aproveita-se quase tudo aqui.  
Nas montanhas que ficam na cidade pode-se colher desde aspargos selvagem, até verduras como espinafre ou chicória.

Resíduos:

E falando em aproveitar, o lixo aqui é reciclado desde a origem, ou seja, desde dentro de casa. Todos  possuem vários cestos de lixo, um de cada cor, um para cada tipo de residuo, ou seja, orgânico, vidro, lata,  e papel comum ( papel higiênico é jogado no próprio vaso sanitário).A cidade possui um container amarelo enorme, onde as pessoas depositam roupas e sapatos que querem doar. Cada dia da semana passa um caminhão que recolhe um determinado tipo de residuo.Tem um dia para vidro. e assim por diante. A prefeitura, que organiza a coleta, distribui sacos biodegradáveis gratuitamente para cada família, para colocar nos cestos de lixo. 

 Supermercado:

Mas o que mais me deixou perplexa foi fazer compras no supermercado. 
 Além de ter que pagar pela sacola, porque ela não é necessária para a coleta de lixo, e ter que colocar moedas no carrinho de compra para liberar o mesmo para uso (moedas estas que retornam para você somente após deixar o carrinho na saída, engatado no local correto), tem mais uma grande novidade: a o me dirigir até a parte de frutas e legumes, qual não foi a minha surpresa ao ter minha atenção chamada pelo meu Tio Odoardo: "Beatrice, aqui deve-se usar luvas descartáveis"...
Sim...ao escolher frutas e legumes, deve-se proteger a mãos. Não é para que não as suje, mas para que você pegue as frutas sem que tenham sido tocadas por outra pessoa. 
Isso é civilidade, é pensar antes no próximo e depois em você, por isso ainda é o Primeiro Mundo.E apesar da crise, nada tira o seu titulo muito menos o seu encanto."


Beatriz Piccoli

BLOG: duplacidadanianaitalia.blogspot.com

email: beatriz_piccoli@hotmail.com

Whatsap: 11 95067-4770


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